5 animais gigantes que raramente são vistos

Ser gigante não significa necessariamente ser fácil de ser visto. Alguns dos maiores animais da natureza têm um comportamento tímido ou sabem se camuflar muito bem, mantendo-se misteriosos para os cientistas.

Confira 5 deles que raramente são vistos:


Tatu-canastra (Priodontes maximus)



Em tese, parece fácil avistar algo do tamanho de um porco, coberto de escamas e com garras de até 20 centímetros semelhantes a uma pequena espada. Mas o tatu-canastra é ótimo em se esconder e, por isso, cientistas tiveram que instalar câmeras secretas para poder entender mais sobre o animal.

"Pouquíssimas pessoas já viram um tatu-canastra na natureza", afirma o biólogo Arnaud Desbiez, coordenador do Projeto Tatu-Canastra, no Pantanal. "Nem o dono da fazenda onde funciona nossa base, que nasceu e foi criado aqui, tinha visto um desses animais antes de iniciarmos o projeto."

Com peso de até 50 quilos e alcançando no máximo 1,5 metros de comprimento, trata-se da maior espécie de tatu no planeta – mede quase o dobro de seus "primos" na mesma família.

O tamanho, no entanto, não o ajuda a se enrolar em forma de bola para se proteger, como fazem outros tatus. Em vez disso, ele cava tocas subterrâneas com suas garras e só se aventura para fora durante a escuridão.

O tatu-canastra é considerado uma espécie vulnerável por causa da caça e destruição de seu habitat.

Lula-gigante (Architeuthis)



A lula-gigante é provavelmente o mais abominável de todos os animais gigantes. Seu nome se deve ao fato de seu corpo atingir 5 metros de comprimento, e seu par de tentáculos se estende - fazendo com que seu tamanho final chegue a 13 metros.

O predador é conhecido por ter olhos do tamanho de bolas de futebol e uma boca gigante capaz de destruir suas presas em segundos.

Mas como o animal mora nas profundezas do oceano, a até 1 mil metros sob a superfície, poucas pessoas já tiveram a chance de ver um deles vivo.

São muitas as lendas e histórias de ataques dessas criaturas a navios, mas são raros os registros documentados desses encontros. Na maior parte das vezes, eles ocorrem na superfície, quando a lula está ferida ou morrendo.

A primeira vez que uma lula-gigante foi filmada em seu habitat foi em 2012, durante um projeto organizado por uma equipe de cientistas de várias nacionalidades que lançou um veículo submersível na costa do Japão.


Ariranha (Pteronura brasiliensis)



Apesar de não ter elefantes, a faixa tropical da América do Sul ainda é uma terra de gigantes. O continente abriga os maiores membros das famílias dos tatus e tamanduás, assim como a capivara, o maior roedor do mundo.

A ariranha, que vive nos rios ao leste dos Andes, tem o dobro do tamanho da maior espécie da família, podendo chegar a 2 metros de comprimento.

O animal vive em habitats abertos em grandes grupos familiares e pode ser facilmente avistado. Mas, enquanto consegue lidar com seus predadores naturais, como o jacaré e a onça-pintada, a ariranha acabou sendo uma grande vítima da caça, provavelmente por causa de sua personalidade dócil e curiosa.

Seu couro já foi bastante valioso e seu comércio foi proibido em 1975. Hoje em dia, no entanto, a ariranha está ameaçada pela atividade humana na Amazônia e no Pantanal.

Aranha-caçadora-gigante (Heteropoda maxima)



Se o tamanho de uma aranha for medido pelo comprimento de suas pernas, a maior delas atinge 30 centímetros e atende pelo preocupante nome de "aranha-caçadora-gigante". Felizmente, suas atividades predatórias se limitam a insetos.

É muito possível que você nunca chegue a ver uma delas cruzando o chão de sua casa, a não ser que more em uma caverna no Laos. Mas mesmo ali, é difícil avistá-la.

Essa espécie virou notícia entre entusiastas e odiadores de aranhas de todo o mundo quando foi descoberta, em 2001, pelo biólogo Peter Jaegar, da Universidade de Mainz, na Alemanha.

Segundo ele, a badalação não foi boa para a espécie por causa da demanda por animais de estimação exóticos, muitas vezes ilegais. O biólogo acredita que para cada cem aranhas que chegam a seu destino final, outras mil morrem ao serem retiradas de seu habitat.

Jaegar espera que a curta vida dessa aranha acabe diminuindo o interesse nela.

Peixe-remo (Regalecus glesne)



Com uma aparência de serpente marinha gigante, o peixe-remo é extremamente achatado e se move pelas águas com ondulações.

Suas longas nadadeiras pélvicas parecem remos, e sua cabeça apresenta uma inusitada crista vermelha. Mas sua característica mais impressionante é o tamanho: atinge até 17 metros de comprimento, o que faz dele o maior peixe ósseo do mundo.

Apesar de ser enorme, o peixe-remo é uma das criaturas mais misteriosas do planeta. Ele vive nas profundezas do oceano, junto com outros gigantes. Ainda não se sabe por que espécies desse habitat costumam ser tão grandes, mas há hipóteses sobre a influência da baixa temperatura, da alta pressão, da falta de correntes marítimas e da escassez de alimentos.

Por causa de seus hábitos no mar profundo, é raro avistar um peixe-remo. Nos últimos anos, submarinos não tripulados conseguiram filmar o animal em seu habitat natural.

O peixe só vem para a superfície quando está ferido ou morto. Em junho de 2015, um espécime com 5,2 metros apareceu em uma praia na ilha de Catalina, na Califórnia – o terceiro a surgir no local.



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